quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Trocando minha insegurança pela sua


Acho que vou mudar esse blog pra "Comofas? e Fikdik em: E foi bom?", já que mais ninguém escreve aqui (chega d lástima). Enfim.

Deu pra perceber que a maioria das coisas que eu escrevo surgem à partir de conversas com algumas garotas/amigas/peguétes. Eu, particularmente, adoro conversar com mulheres sobre suas vidas amorosas e seus anseios sentimentais, é legal saber que ela confia em conversar com você sobre isso, ou simplesmente não dá a mínima (existem casos).

Em uma conversa que começou em uma saída amigável (sai com ela, mas sem fins lucrativos) surgiu o assunto "Ex" e os problemas que envolvem essa entidade quase que demoníaca (para uns) e insignificante (para outros).

O fim ocorreu, mas os remembers e conversas sem nexo se tornaram inevitáveis. Claro que a culpa disso é dela (no caso) de sempre "trombar" com o individuo, de ver o que acontece, de ir até a casa dele e de mexer naquela máquina destruidora de relacionamentos: o orkut.

Sabe como é, não? Não culpo só as garotas, os homens fazem isso. O que quero deixar claro é que fazer isso é a mesma coisa que pular em cama de prego, andar em brasa quente e amar sua sogra: você sabe que tá fazendo merda, mas vai que vai. O problema não está em ver que a vida dele segue, é ela não estar preparada pra isso. Ai vai lá e sofre, chora e tudo mais.

Sabendo qual é o background da situação vocês vão poder entender aonde quero chegar.

Ao conversar sobre o que fazer ela me veio com uma questão que, pra mim, se tornou um revelação muito clara. Ela disse "Como faço pra sair dessa por cima?". A meus amigos, todos querem, não é mesmo?

Como, uma pessoa que corre atrás da outra e se mostra tão submissa a tristeza pode, de uma hora pra outra, deixar claro que a existência do cara não lhe importa mais?

Na minha cabeça esse é o típico caso em que ela liga mais para o que ele vai sentir (tipo "ela não liga mais pra mim? IMPOSSIBLE" ou "oh deus, ela sumiu, será que eu perdi ela de vez?") do que no fato de esquece-lo. Uma vingança, meio que disfarçada, mas algo que faça ele sentir parte do que ela sentiu.

Gente do céu, será que um pouco de maturidade e auto confiança não seriam um pouco mais aceitáveis? Eu sei, mais do que ninguém, que esquecer é um desafio, uma prova muito difícil e muitas vezes deixa marcas, mas botar como objetivo "ser melhor que ele" não vai fazer você esquece-lo e nem ele te amar do nada (calma, eu sei que isso existe, mas estou querendo lidar com a situação).

Quando você tenta esquecer alguém, a primeira coisa que deve-se fazer é aceitar, passar por cima e entender que tudo tem seu fim. Pare pra pensar, você não merece sofrer e pensar assim chega a ser até mais justo consigo mesmo. Ele não te ama, adeus. Pense em ser feliz.

Esse tipo de coisa me deixa triste (se não revoltado), pois é isso que faz as pessoas deixarem de aceitar gostar das outras, o desejo de nunca voltar a se sentir inferior, de se vingar, de sair por cima. A sua insegurança é passada a frente e busca sempre passar por cima da insegurança do outro.

Auto estima não é só se sentir melhor que o outro, é saber lidar com seus limites e fantasmas de maneira segura e respeitando o que você sente. Eu não me deixo de jogar em relacionamentos, claro que não sou perfeito, mas aprendi bem a lidar com o que eu sinto (mesmo sendo tão sentimental). É muito bom aprender mais de si mesmo e mais com outras situações ou pessoas.

Quando você busca ser melhor que ele, acredito estar apenas querendo provar seu poder sobre o que ele exerceu sobre você, passar por cima do amor e do sentimento, querendo uma prova física de que ele te deseja e ter certeza de que vai sentir sua falta (mesmo não sentindo mais, tornando sua lamúria ainda mais triste).

O melhor é analizar O QUE VOCÊ vai sentir e COMO sentir. Qual sua força pra lidar com isso e quão gradativamente você pretende melhorar e esquece-lo. Tendo em mente que essa conquista é sua, sendo motivo de orgulho seu e de mais ninguém.


Não é pra sofrer calada, mas se estabilizar de maneira conciente. A idéia é construir um alicerce que crie sustento, nao uma alternativa que sirva apenas para o momento. Pense.