quarta-feira, 31 de março de 2010

Sexo: Relação de amizade ?


No mundo de Platão, conhecido como o mundo das idéias, isso seria a coqueluche do momento, aliás, acredito que tentamos tornar isso a coqueluche do momento há tempos, desde Calígula até as festas Americanas. Tratar o sexo como um beijo na testa seria algo maravilhoso. Com o perdão da palavra, seria uma "punheta" coletiva. Satisfação garantida, sem malefícios e peso na consciência.

Felizmente, nós seres humanos, somos condenados a ter sentimentos, o sentimento que circunda o sexo pode na maioria das vezes ser melhor que o próprio, o cheiro, o gosto, o perfume, a sintonia, o olhar, o aperto, o arranhão, a fala, o esgotamento. Isso ultrapassa a barreira do entendimento, quanto mais de uma amizade.

Quando temos esse tipo de contato com alguém, a vibração entre os corpos deixa de ser meramente "me preocupo com você" ou "somos amigos e trocamos caricias". Essa explosão faz com que pensamos como seria bom recebermos de uma amiga um carinho, um abraço forte, um cafuné, um beijo na boca, e uma noite de sexo... (Então é isso o narrador usa crack! ora ele condena o ato e ora ele defende).

O agora deve ser defendido sempre, no momento em que duas pessoas estão em sintonia com as mesmas vontades e livres de maculas, acredito que o prejudicial seria não fazer.

No entanto quem não sente ciúmes de uma amizade? A maioria de nós somos ciumentos e odiamos ser, quem não arranca os cabelos, frita de gastrite, range os dentes, dança igual ao James Brown e sente a estruturas das pernas desabassem só de imaginar a pessoa amada ao lado de uma outra pessoa, ou pior, sendo mais feliz do que é com você! Seja na cama ou na amizade.

Amizade (latim vulgar amicitas, - Átis), 1 – Afeição recíproca entre dois entes.” É publico e notório que amizade vai muito alem disso, amizade é um conjunto de N características entre elas, lealdade, admiração, respeito, dedicação, atenção, cumplicidade etc. Não são todas essas características que procuramos em um parceiro? Pois bem.

O PONTO - Sexo e amizade são paralelas e como todos sabem paralelas não se cruzam, elas podem caminhar até o final dos tempos lado a lado, porem nunca no mesmo espaço e tempo, agora é sexo e daqui a pouco é amizade, agora é amizade e daqui a pouco é sexo.

Do mesmo modo como estar disposto agora e daqui a pouco não, estar triste e daqui a pouco feliz. Somos instáveis mesmo, metamórficos com orgulho. Pensamentos de agora podem se tornar inverdades amanha.

Afinal quem nunca quis casar com uma(o) amiga(o)? Ou ter uma relação de amizade com quem se faz sexo?

Quem aqui vos fala é novo na quebrada, de rosto conhecido e de ideais atípicos com relação ao ponto de vista dos meus dois amigos deste blog. Na mesma fase, no mesmo role e semelhante circulo de amizade, de discrepante só a “persona” - (do latim persona), na psicologia analítica (Jung), é dado o nome de persona à função psíquica relacional voltada ao mundo externo, na busca de adaptação social.

Vou tentar debater o que escrevem, ou pelo menos alimentar as almas mais próximas dos meus pensamentos como manda a boa e velha democracia.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Sexo: relação de amizade


Não é simples entender isso e nem tão fácil desenvolver, tudo depende de uma quantidade enorme de variáveis.

Uma vez ou outra acontece de você se ver dentro de mais um pseudo relacionamento, totalmente causal e muitas vezes oportuno (digamos que seja assim pra você). Você conhece alguem interessante que, impressionantemente, não teme as mesmas coisas que o senso comum e não liga muito para o que acontece com ambos fora daquele quarto ou daquele bar.

Ambos se encontram quando precisam, riem, conversam, se gostam. Mãos dadas na rua e carinhos trocados por nada, um abraço que ela não recebe a meses e um beijo que você só sente de vez em quando. Para o público externo um casal feliz e em um bom momento do relacionamento, pra vocês uma tarde boa como tantas outras, mas ao contrário do que todos pensam: nenhum relacionamento em questão.

A amizade ligada fortemente a convivência e a vontade de ambos de se verem, dormirem juntos e curtirem momentos sem que necessariamente exista um relacionamento é algo difícil de se acreditar, o velho termo da amizade colorida, mas pra mim um pouco mais definida, pois ambos tem interesse, apesar do forte motivo sexual, de conversar e levar assuntos sobre tudo que lhes é interessante. Forma-se um casal de amigos com um envolvimento totalmente casual, mas que recai um pouco alem por possuírem um assunto capaz de envolver muitas mais que um simples "bom dia e até mais".

A amizade ocorre somente depois do período inicial dos encontros casuais, são conversas, desabafos, saídas e encontros ocasionais que vão construindo um conjunto que antes não existia. Aquela figura meramente sexual vira um foco do seu carinho e vai se tornando, mais que uma parceira, uma amiga.

Claro que nem tudo são rosas, por mais que tudo siga bem e que isso dure até anos (pode acreditar), muita coisa se transformou pra que isso desse certo. Desejos, pensamentos e tristezas são passados e repassados a limpo por um dos lados, esse lado faz escolhas e, por mais que você não venha nunca a saber, é por causa dele que isso tudo existe.

Existem pessoas que não se enxergam dentro de uma situação como essa, mas que em um momento de suas vidas acabam por se ver nessa "confusão" e, por incrível que pareça, ainda se sentem bem. Um dos maiores medos é o envolvimento e a idéia de se magoar, pois nem sempre o acordo é mútuo e, mesmo que seja, ninguem responde com total sanidade quando o peito chama.

Todos somos egoístas e nem sempre agimos da melhor forma possível com essa pessoa, ambos se conhecem, mas todos querem buscar coisas novas sempre que possível. Mesmo desse modo, depois que tudo está construído, devemos pensar sobre a possibilidade de mágoa, pois, pelo menos pra mim, "não vim aqui para magoar ninguem" ainda mais alguem por qual tenho carinho.

Esse tipo de amizade não é duradoura, mas deve ser ao máximo sadia, para os dois lados. Você deve saber o que aceitar e tentar compreender o outro lado, pra que ninguem saia machucado. Ao mesmo tempo não espere sempre rosas. Você deve confiar na sua cabeça e no seu instinto para com situações ruins, pois podem te tratar como uma amizade, enquanto você crê em um relacionamento.

Por fim, eu acredito no bom relacionamento casual( por mais que pareça absurdo eu acreditar que ele possa existir de maneira sadia) que transforme uma amizade em algo legal de se curtir. Ao mesmo tempo, jamais desrespeitar e evitar qualquer consequência que traga mágoas. Estamos aqui atrás de uma forma de amor e não afim de receber pedras de alguem que não tratávamos como inimigo.

domingo, 28 de março de 2010

Um contrato pra firmar futuro


O que dizer quando nos sentimos carentes e em busca de algo real? Procuramos não se sabe o que com não se sabe quem, pensando em diversas formas de ser feliz e se irritando por julgar não encontrar ninguém, nunca.

Esse vazio que todo mundo busca preencher com pensamentos é comum em diversos momentos da nossa vida. Após longos, curtos ou intensos relacionamentos. Após momentos de grande tristeza ou até quando vemos amigos irem embora (seja lá qual for o por que).

Como eu disse no post passado, é bom encontrar alguém interessante, que chame sua atenção, mas até quando você fixar essa idéia vai ajudar a se sentir melhor?

A gente não pode viver aficionado nessa expectativa, se não a vida trava, certeza.

Conheço garotas interessantes que buscam esse tipo de ideal em cada relação em questão. Ou pior, só aceitam entrar em algo se for "técnicamente estabilizado". Na real, eu creio que elas não se dão ao direito de buscar uma possibilidade, uma aventura inicial. Nunca é bom o bastante ou nunca pode se tornar bom o suficiênte.

Um contrato, um negócio, uma garantia. A não ser que o horizonte mostre um caminho seguro, nada pode acontecer. Claro, ninguem quer ter dor de cabeça e se jogar em algo que nos machuque, mas a idéia que eu sempre passo é a estabilidade, não? Buscar lidar com os sentimentos e gerenciar o melhor a se fazer.

A carência afetiva é uma verdade pra todo tipo de pessoa, sendo fria ou sentimental, não importa, todos vão sentir algo assim um dia. Do mesmo jeito que creio na fé, creio que não adianta focar só pensando que nada da certo. Esperar acontecer não é o ideal, mas pensar que algo bom pode acontecer é válido, pelo menos pra mim.

Acredito que esse ano posso conhecer alguem especial ou que no mínimo valha a pena, salvo os casos e relacionamentos casuais cotidianos, tudo vai correr bem.

Sentimento é bom e ter em mente que você quer algo de bom pra si mesmo, sem expectativas doentias, é certo, válido e essencial pra se encontrar a felicidade.

Olha como eu tento ser filosófico de vez em quando, rs.

domingo, 21 de março de 2010

Amor em tempos de guerra


Amar é...

Bem relativo, diga-se de passagem. Costumo brincar muito com isso, pois acho bem simples se apaixonar e querer passar cada minuto da semana com uma pessoa. Nada mais gostoso e atrativo, tudo facilita. Claro que pode chegar a hora do enjoo e tudo mais, mas lido com isso como se fosse uma constante, tem vezes que enche e tem vezes que não.

A figura perfeita nem sempre é duradoura, muitas vezes momentânea, tudo muda nos momentos seguintes a intimidade. Após o sexo, a balada, a tarde juntos, as perfeições e imperfeições daquela pessoa (antes "momentâneamente tudo") se tornam barreiras e/ou escadas. A dois minutos eu a julgava essencial, agora não mais. Estranho.

O que agente faz com aquela "vontade absoluta" de mandar bom dia, boa tarde e boa noite por mensagem ou no telefone na semana passada? Isso meio que sumiu, caminhando junto a ela quando bateu a porta do carro. Você pensa "Ela não é tão boa assim" e acaba aceitando, mas sempre tem um "mas".

Mas ela é boa sim, mas ela é bonita, mas ela é divertida, mas ela é madura, mas ela é(...). Tudo que você sabe dela é uma imensa verdade, o problema é que tudo quase se anula com a afirmação da convivência. O que nos força, meio que inconscientemente, a gostar mais.

Mesmo após vacilar e aparentemente desistir dela, a noite cai e um aperto fica, você manda uma mensagem de boa noite e aguarda uma resposta a altura. Forçado ou não a gostar você reconhece nela algo que fazia um tempo não achava, meio que camuflado e muito íntimo, algo que só você pode enxergar, algo que só você pode prezar: um valor.

Encontrar alguém de valor, por mais que não aparente ser a melhor pessoa do mundo, é muito bom e pode te trazer mais felicidade. Creio que seja difícil, ao mesmo tempo, calcularmos esse valor, vai de pessoa pra pessoa, nem sempre os meus valores podem ser aceitáveis para outros.

Na verdade nós mesmos podemos nos iludir e nos encontrarmos em valores meio falhos, ou incompletos. É nessa hora que devemos ser um pouco egoístas e sacar da premissa de que "o amor não é perfeito".

É bom gostar, amar, estar e conviver. Acho válido você não se guardar, aprender a lidar com as coisas e deixar que todo o amor venha a acontecer.

Quando me referi a guerra no título quis fazer uma alusão a dificuldade que agente tem de gostar, brigamos com nós mesmo por isso, até quando se torna óbvio que é esse o destino.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Idealizando idiotas

Não é a primeira e sei que não vai ser a última vez que me pego fazendo isso.

Você vê aquele carinha gracinha, fica super afim dele e você passa a ter um objetivo imediato na vida. Quando você descobre que terá sucesso porque o desejo é recíproco, fica toda empolgada e começa a merda.

Não sei se sou a única que dá de louca e faz isso, mas acredito que não. Assim como quando você sai às compras, você passa um bom tempo olhando o seu objeto de desejo na vitrine e quando o experimenta olha de todos os ângulos possíveis para ver se a roupa ficará bem em você. E foi assim que eu fiz com o ser em questão.

O que acontece? Temos essa querida companheira chamada Internet, a câmera digital (esqueçamos já a era das analógicas, o scanner e a baixa definição) e o narcisismo próprio de cada um dessa sociedade que gosta de expor sua imagem. Então o que não falta, tratando-se de pessoas que fazem parte desse mundo digital, são fotos suas na internet. E o que eu faço? Vamos lá a procura pra olhar mais a gracinha que você está prestes a adquirir e descobrir se vai cair bem com você.

Orkut, Facebook, Blog, Fotolog, Flickr...o que não falta é locais para se encontrar imagens do ser em questão. E, como o mais recente caso, quando a pessoa ainda é mais conhecidinha na noite e no cenário que ele frequenta, vem também o Google Imagens, com mais e mais fotos. E fico lá, perdendo horas do meu precioso tempo, suspirando e vendo como ele é fotogênico, como ele se veste bem, como os amigos dele também são bonitos ou quase (vamos e convenhamos, amigos zuados queimam o filme!), etc, etc. E quando me pego pensando como sou uma pessoa sortuda de ter também sido alvo do desejo daquele ser, ficando orgulhosa de mim mesma por isso, tá feita a merda: idealizei-o.

Tá, admirar alguém não é problema algum. A questão é que geralmente faço isso com caras que parecem ser uns idiotas. As vezes eles me provam o contrário, as vezes não. Quando começo a ler as coisas que escrevem nas páginas internet à fora, muitas vezes encontro comentários toscos que me fazem sair da esfera da estética e adentrar na personalidade dele e boa parte das vezes o resultado parcial é decepção ;(.

Descubro então que o cara não vale nada. Isso já é um fato. E ao levar em conta essas e outras diversas circunstâncias estruturais e conjunturais, eu sei que nosso lance não terá sucesso. Não entrarei em detalhes do porque. Vai ser algo momentâneo, mas vai ser algo que eu to esperando desde aquele momento que eu o idealizei. Eu já estou com um julgamento pré-concebido, e provavelmente orientarei minhas ações por esses pré-julgamentos. Se é o que eu quero e se sei que não vai dar em nada, não vou perder tempo fazendo joguinho (não que eu saiba faze-los, mas isso é assunto pra outro post) pra tentar ter alguém que não me parece lá valer muito a pena.

Mas há uma outra questão. Eu sou uma pessoa muito feliz por saber que os bonitos não são sempre burros e idiotas e que os inteligentes e cultos não são sempre feios. Eu mesma me considero um exemplo como as características mais positivas acima citadas podem combinar-se de maneira satisfatória. E por preza-las, acabo por decepcionar quando um dos meus quesitos não é preenchido. Tá, uma gracinha eu sei que ele já é, mas, e o restante? A grande maioria das vezes encontro algo que pra mim também tem grande valor: bom humor. Isso compensa de certa forma, sim. É fundamental pra mim que a pessoa seja divertida e me faça rir. Mas ao descobrir cada vez um pouquinho mais sobre ele, muitas vezes acabo percebendo que, além de não valer nada, que o cara é quase um idiota. E ai, comofas? Ignoro esse fato e prendo-me unicamente ao nível carnal do negócio?

Talvez a resposta esteja por aí. Talvez nos vejamos de vez em quando, satisfaçamos a nossa vontade e, além de idealizar idiotas, me junto a colega do blog “Eu dou para idiotas”. Acontece. Mas talvez eu esteja me precipitando muito. Julgamentos baseados só no que se encontra publicado na internet são extremamente parciais. Eu mesmo, tenho certeza absoluta disso, sou uma pessoa muito fútil e pouco profunda em rede, prefiro ficar escrevendo sobre meus relacionamentos bizarros, que podem ser considerados assuntos banais, ao invés de compartilhar o conteúdo intelectual que adquiro nas muitas horas do meu dia que passo na sala de aula ou na biblioteca estudando, o que ninguém na internet vê. Então, por que não dar esta chance a ele, né? As vezes dou a sorte dele ser, além de lindo, interessante (vou ignorar o fato que ele não vale nada, o que me interessa aqui são as características excitantes do negócio). E se vai ser bom? Bem, direi isso mais tarde. ; )

segunda-feira, 1 de março de 2010

Vagabunda nata

Impressionante como tem gente que muda quando entra em um rolê novo.

Muita gente reclama e diz que esse role é foda, que "X" grupo é tudo loco, que só tem drogado e bla bla bla, mas você que tá no meio a um bom tempo sabe muito bem: isso acontece por conta de uma pessoa que vem do nada e logo logo sai.

Tenho pouco mais de 20 anos e saio desde os 14, sempre bebi, passei a fumar (cigarro) e nunca usei algo muito forte (a.k.a cocaina) e tenho uma teoria pra esse pessoal que acaba se jogando em uma cena, acabando com tudo e enchendo a noite com uma cabeça vazia.

Esse tipo de gente chega no role, se maravilha, entra com tudo e faz sucesso. Conhece todo mundo de uma vez, usa tudo de uma vez, cria fama (não muito boa, na maioria das vezes) e do nada some, ou por que ninguém mais aguenta (ninguém mais chama pra sair) ou por que não aguenta mais. Um dia cai a ficha e percebe que ta exagerando e que tem que dar um tempo desse "role loco". O mais engraçado é que sempre foi assim, sempre quando ela sai faz a mesma coisa, seja no rock, no reggae, nas raves, a pessoa se joga de uma tal forma que se desgasta muito mais rápido.

Isso me da um pouco de raiva, por que muitas vezes acontece com alguem que é amigo/a seu/sua que até chega a broxar sua amizade depois disso. Eu que sou chato pra amigos (mesmo) acabo perdendo amizade dessas pessoas, por que não tenho paciência de lidar com seus jeitos e viagens. Todo mundo perde a paciência com aquela amiga ou amigo que só faz cagada, que se acha, que quer chamar a atenção ou usa tudo até o talo. Não dá.

Acho muito bom você aproveitar o role e conhecer gente, to nessa a anos e é basicamente o que acontece comigo, não que eu tire proveito de tudo e nem sempre é divertido, mas nada precisa ser tão extremo ou ridículo. Eu confesso que as vezes cansa, todo mundo sabe disso, nada como um relacionamento ou um reencontro com aqueles amigos "normais" do colégio pra fazer você se desligar um pouco do role padrão.

É nessa hora que fica mais legal, você chega depois de um tempo cheio de energia e com vontade de encontrar todo mundo e voltar as mesmas baladas de antes.

O ciclo recomeça!