quinta-feira, 4 de novembro de 2010

The Currents of Space


A anos tenho um pensamento cruel: "Vingança".

Pensava isso dentro de um relacionamento, após uma briga, vontade de marcar a vida daquela pessoa da pior maneira possível. Guardava isso por conta do que é o meu pai, um homem amável e carinhoso, protetor e amigo, mas que não deixava nada barato, ainda mais se tocasse seu peito.

A grande questão é que, inevitavelmente, sou filho legítimo de minha mãe, a qual não falta amabilidade. Podem explodir o mundo no seu peito, o que sempre valeu a pena pra ela é o que vale a pena e ponto. Difícil alguem de fora dar valor a isso, mas é impossível não se aconchegar em seus pensamentos.

A raiva, que pra mim se confunde com a angústia, me faz esquecer. Nunca me fez ponderar, me fez simplesmente apagar o que me causava desconforto. Acontece que o tempo passa.

Por vezes vi tudo isso acontecer, ambos com ciclos variáveis de retorno, mas todos com o mesmo resultado: "Agora está tudo bem".

Casos são casos. A indiferença é mínima, se comparada ao que passou. Olho pra traz, "Ok", já não tira meu sono. Não penso mais como antes, não quero "destruir" mais nada, quero é abraçar meu sorriso e fim, continuar.

Hoje foi um caso, nada. Da parte de mim que cabe ao meu pai somente um "Muito bem... obrigado" e de minha mãe um "Que bom que tudo está bem". Não imaginava que seria desse modo.

No fim acabei sorrindo. É bom entender que será sempre o tempo o melhor remédio pros meus problemas do passado.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

The stars like dust


Fazia tempo que não sentia a mínima necessidade de escrever. Minha vida anda mais calma que o normal, mais agradável, mais amável e menos desorganizada. Ando lendo demais (pura ficção cientifica), mas é incrível como essa leitura tem me afetado.


Já fazem 4 meses, pensando por cima, que "esqueci" amigos, que ando lendo no ônibus, que amei e fui amado. Nesse tempo a ansiedade me tomou de assalto diversas vezes, mostrando-se mais presente do que eu podia imaginar e tornando-se remédio e mentor de crises.

A ficção não tem me levado pra pensamentos abstratos ou sonhos utópicos, ao contrário, ler sobre robôs, sobre sua personalidade, sobre sua forma de "amar" o ser humano me trouxe um desejo e uma vontade de acreditar muito diferente. Crer que podemos funcionar desse jeito, que a base da confiança, da amizade e do bem estar é tão simples, mas ninguém reconhece. Não quero viver entre robôs, mas não ando suportando o modo como "essa máquina" anda funcionando.

Pouco a pouco ando me afastando de maneira radical do que não me interessa, do que não me agrega nada. Não sou o melhor dos homens pra dizer no que sou melhor ou pior que ninguém, mas pelo menos de mim sou meu próprio juiz e posso condenar o que não me agrada, até de modo egoísta, mas não ando muito afim de agir de outro modo.

A despeito do que é bom, creio que me satisfaço na medida do possível. Seja em exageros, seja em presentes, seja em desejos, seja por 15 minutos, o valor é o mesmo. Deixei de achar um erro gostar de cuidar, de acolher, de querer bem, pois quem sente prazer em colher rosas deve saber lidar com alguns espinhos ou nada feito.

Não estou aqui pra falar de amor e sim do que anda me acontecendo. Exigência minha ou não, tudo muda quando você deixa de querer o que não é bom, mas você nunca fez questão de se importar.