domingo, 21 de março de 2010

Amor em tempos de guerra


Amar é...

Bem relativo, diga-se de passagem. Costumo brincar muito com isso, pois acho bem simples se apaixonar e querer passar cada minuto da semana com uma pessoa. Nada mais gostoso e atrativo, tudo facilita. Claro que pode chegar a hora do enjoo e tudo mais, mas lido com isso como se fosse uma constante, tem vezes que enche e tem vezes que não.

A figura perfeita nem sempre é duradoura, muitas vezes momentânea, tudo muda nos momentos seguintes a intimidade. Após o sexo, a balada, a tarde juntos, as perfeições e imperfeições daquela pessoa (antes "momentâneamente tudo") se tornam barreiras e/ou escadas. A dois minutos eu a julgava essencial, agora não mais. Estranho.

O que agente faz com aquela "vontade absoluta" de mandar bom dia, boa tarde e boa noite por mensagem ou no telefone na semana passada? Isso meio que sumiu, caminhando junto a ela quando bateu a porta do carro. Você pensa "Ela não é tão boa assim" e acaba aceitando, mas sempre tem um "mas".

Mas ela é boa sim, mas ela é bonita, mas ela é divertida, mas ela é madura, mas ela é(...). Tudo que você sabe dela é uma imensa verdade, o problema é que tudo quase se anula com a afirmação da convivência. O que nos força, meio que inconscientemente, a gostar mais.

Mesmo após vacilar e aparentemente desistir dela, a noite cai e um aperto fica, você manda uma mensagem de boa noite e aguarda uma resposta a altura. Forçado ou não a gostar você reconhece nela algo que fazia um tempo não achava, meio que camuflado e muito íntimo, algo que só você pode enxergar, algo que só você pode prezar: um valor.

Encontrar alguém de valor, por mais que não aparente ser a melhor pessoa do mundo, é muito bom e pode te trazer mais felicidade. Creio que seja difícil, ao mesmo tempo, calcularmos esse valor, vai de pessoa pra pessoa, nem sempre os meus valores podem ser aceitáveis para outros.

Na verdade nós mesmos podemos nos iludir e nos encontrarmos em valores meio falhos, ou incompletos. É nessa hora que devemos ser um pouco egoístas e sacar da premissa de que "o amor não é perfeito".

É bom gostar, amar, estar e conviver. Acho válido você não se guardar, aprender a lidar com as coisas e deixar que todo o amor venha a acontecer.

Quando me referi a guerra no título quis fazer uma alusão a dificuldade que agente tem de gostar, brigamos com nós mesmo por isso, até quando se torna óbvio que é esse o destino.

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