quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Amor, paz e tempos de guerra


Muitas vezes queria eu não ter total idéia das coisas que faço e não me importar com muito do que acontece. Deixar que "detalhes" passem despercebidos e relacionamentos se tornem relacionamentos cada vez mais complexos.

Esse ano, até o momento, fui posto a prova 2 vezes nessas "armadilhas" do destino, sendo tanto a vítima quanto o algoz. Impressionantemente fui posto em opostos de modo a ter que "decidir" o que fazer, ambas das situações pendentes para "o meu bem", mas com resultados completamente inversos.

No primeiro caso, de um envolvimento padrão e sem muita perspectiva surge aquele anseio por realidade. Após uma cutucada relativa a um acontecimento isolado eu não pude me deter e pensar "Ok, eu posso me foder nessa". Uma simples conversa revela a realidade "Eu não quero nada sério agora", o que faz com que eu imediatamente pense em me ejetar de qualquer perspectiva, doa o que doer.

Não foi destrutivo, foi precaução, não podia continuar com alguem que não me tinha com os mesmos olhos (bom, era o que eu achava), isso, aliás, é algo que eu mesmo me proíbo e o que nos leva tambem ao segundo acontecimento.

Sem querer, algo acontece e pronto, dois caminhos se cruzam em mais uma noite paulista. Anos de conhecimento, passado e presente escritos com linhas tortas de ambos dos lados, mas nunca que imaginaria escritos na mesma linha.

Nesse caso, pela desgraça do mesmo destino os sentimentos não foram reciprocos, dessa vez de minha parte. Isso, como eu disse, me incomodava e me deixava cada vez mais preocupado, de forma egoísta, mas preocupado.

As ações de um homem muitas vezes são mais fáceis de serem promovidas, um simples desejo motiva um encontro, mas o resultado do outro lado pode ser maior e essa história de reciprocidade pode se tornar mais preocupante.

Pela primeira vez via que alguem sentia algo muito grande por mim, não somente pelas atitudes, mas, como me apego muito a isso, conseguia sentir isso com todos os meus sentidos em todas as situações, principalmente na intimidade.

Mesmo assim, terminei.

Quando o fim te remete a dor você é digno do ódio, frustração e coisas do tipo. Mas o carinho é o mínimo que esperamos de um relacionamento findado sem guerras nucleares. Mas é triste conhecer alguem tão logo o fim e de maneira lastimável.

A raiva, frustração ou alto índice de infantilidade regridem a cabeça de uma mulher ao status quo de um animal áspero e doentio. Não somente a mulher, o homem comete o mesmo erro, mas sou homem e estou me referindo a uma mulher agora(ok?).

Atitudes destrutivas demonstram a real personalidade de uma pessoa, mostrando-a deturpada. Acontecimentos sem precedentes ocorrem e você percebe que o melhor foi ter errado por antecipação do que se tornar um alvo e ser acertado por uma bomba de esterco.

Querendo ou não, guardo uma raiva pelos fatos, mas uma certa tristeza pela realidade. Muitas vezes são cotidianos idiotas e infindáveis que acabam com pessoas potencialmente dignas de um "eu te amo".

Creio que seja bom passar por isso, saber que o tempo não é patrono da mudança e sim potencial atenuador de problemas. Querer ajudar jamais vai ser o problema, mas deve ter em mente que "o beijo amigo é a vespera do escarro" e de nada pode valer a pena diante de uma tão grande chaga.

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