terça-feira, 28 de julho de 2009

O que você faria, todo mundo faz(?)


Esses dias comecei uma discussão quase que sem fim com uma amiga por MSN. Iniciamos a conversa com um comentário sobre uma amiga minha que tem uma amiga que dá pra um cara famoso aê. O papo foi tão longe que eu acabei terminando como um pseudo-machista babacão. Claro que fiquei revoltado, pois não me considero um monstro (bem como não sou um santo), mas ao ponto de ser taxado assim, ai não.

Claro que não foi tão rápido e ela, de uma hora pra outra, já veio com essa, o assunto foi desenrolando, fluindo e chegando aonde não era pra chegar. Durante a conversa eu até me assustei, pensando que não era possível, nunca fui criado assim, não é justo que eu seja isso que ela está falando. Nisso, fui passando o texto pra Fikdik (que é uma amiga confiável) e ela foi comentando tudo.

No fim, percebemos que minha amiga era um pouco exagerada quando comentava sobre suas decepções com o mundo, não uma extremista, mas exagerada. Que eu não chegava perto de ser um machista e que muitas coisas são ditas, e acontecem, por conta da nossa criação mesmo.

Foi quase coincidência o Manual do Cafajeste ter feito um post (aqui) falando sobre uma mulher que estava atrás de homem por dinheiro e uma transcrição de outra conversa seguindo a mesma linha. O mais foda, pra mim, foi que a discussão que eu tive com essa amiga falava sobre o fato da mulher se posicionar como objeto, dela utilizar o corpo pra conseguir as coisas e de como a sociedade impôs isso, de certa forma, para que se torna-se uma verdade oculta quase que absoluta.

Como eu falei, a conversa fluiu e chegamos a uma parte onde ela culpava a evolução da sociedade machista como destruidora das mulheres e a publicidade (eu sou publicitário meu deus, ai eu tinha que discutir) como um algoz dissimulador e cruel.

Tá certo, eu sei que, depois do políticos, os publicitários são os seres mais odiados do mundo, só que dizer que a culpa é nossa é mentira, dado o link que eu passei do Manual.

Parando pra pensar: sexo por esporte, por diversão, casual, ou seja lá o que for, será que não são atos mais dignos do que dar pra um cara pelo dinheiro? Não desmerecendo nossas queridas meretrizes, elas assumem e o fazem profissionalmente, estou falando dessas "santinhas", dessas "articuladas, com classe e maravilhosamente lindas" que existem em todo mundo, COMOFAS? ME DIZ?

Pensar em mulher como objeto é muito fácil. Qualquer homem vê seu lanche quase como um objeto, pois muitas vezes elas são somente um truque de mágica: em uma mão você vê um celular, somente números, mas em um passe de mágica lá está ela.. TÃ-DÃ! No bar pronta para se embriagar e dormir contigo. Mas não é só o homem que pensa assim, que dispensa mulheres e que pega geral, vocês sabem disso. Quantas garotas não tem seus rolos e dividem o fim de semana entre aceitar ou não sair com o cara que lhe é mais agradável?

O que eu quero dizer é que todo mundo tá na mira dessa visão machista (talvez não só machista, por isso mesmo!). Todo mundo faz igual, todo mundo usa as armas que tem para conseguir alguém. Mas os homens, babacas por natureza, acabam fazendo tudo na caruda e levando o troféu pra casa. Em vez de "comer quieto", contam pra geral, que bota o braço pra cima e diz que fulano tem visão machista por que só usa as garotas.

Não é toda hora que você pega ou transa com alguém super legal, que vale a pena conversar de novo, às vezes é uma bosta e você até se arrepende. Já beijou de novo alguém que você não curtiu? Então, começa a pensar que isso existe quando você transa, bem como a pessoa podem não te curtir, ai quem dança é você.

Acho que muito dessa idéia de que homem é machista vem desse pessoal que transa, mas fica se fazendo de vítima, por que não sabe ser rejeitado e dessa outra parte que não transa e não sabe o que é ter que acordar com algum(a) infeliz do lado.

Confesso que esse assunto me irrita e esse tipo de hipocrisia me irrita o dobro. Mas, na real, eu acho que é bom você analisar as coisas desse jeito, pelo menos uma vez, tentar ver todos os lados. Não me julgo errado por pensar assim, pois sei que minha cabeça é aberta e mutável, acho válido estar aprendendo sempre e,uma vez ou outra, sua idéia e conceitos acabam mudando com tanta informação.

Afinal de contas, pra quem demorou o intervalo todo (20 min) pra dar o primeiro selinho na sua namoradinha da sétima série (14 anos), por que estava morrendo de vergonha, minha cabeça mudou muito e meu modo de agir nem se fala. Não é mesmo?

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